Escrever este livro foi, antes de tudo, um ato de memória e resistência. Não se trata de uma obra neutra - e nem poderia ser. Nas páginas que aqui se encerram, revisitei fatos recentes e distantes, sempre movido pela inquietação diante de um país que, apesar de suas riquezas e potencial humano, insiste em tropeçar nos mesmos erros históricos. A cada linha, busquei dar voz ao cidadão comum, ao eleitor que assiste perplexo às manobras que ocorrem nos bastidores do poder, ao professor que resiste dentro da sala de aula, ao trabalhador que vê seus direitos escorrendo pelas frestas das reformas, ao jovem que tenta acreditar que seu voto ainda tem valor. Este livro não oferece respostas prontas. Ele provoca, questiona, denuncia e propõe. É um convite à reflexão - para que não naturalizemos o retrocesso, não silenciem os nossos direitos e não deixemos que a democracia seja tratada como mercadoria nas mãos de poucos. Agradeço a quem chegou até aqui. Leitores como você mantêm viva a esperança de que a palavra ainda é uma arma poderosa contra o esquecimento, a injustiça e a manipulação. Se estas páginas provocarem incômodo, dúvida ou vontade de agir, então elas cumpriram seu papel. Porque a democracia, assim como este livro, não se encerra. Ela continua - nas ruas, nas urnas, nas escolhas diárias de cada um de nós. Keywords: brasil, país emergente, frágil democracia, poder econômico, político, impeachment, dilma rousseff, senado federal, câmara dos deputados, congresso nacional, golpe de 2016.